Misteriosos e uivantes Akitas
E então, como que por encanto, nosso ser fica tomado de inquietações e questionamentos na tentativa de tentar compreender o que se passa e ajudar nosso cão. Normalmente associamos o uivo do cão ao fato dele estar se sentindo só, ou melancólico em profunda tristeza.
Desconhecendo a verdadeira intenção por trás do uivo, nos afligimos.
Embora ocorra também com outras raças, aqui vou me ater aos Akitas, que possuem ainda maior sensibilidade instintiva.
O uivo, uma espécie de “herança” dos lobos, pode ser ouvido por outro cão a quilômetros de distância, pois através do uivo a voz do cão tem um alcance de timbre muito alto. O uivo é uma forma de linguagem
usada pelos cães para:
- sinalizar que está solitário e quer companhia: percebeu a saída do dono uiva.
-sinalizar pra fêmea que está apto à reprodução: percebendo fêmea no cio nas proximidades do território dele, vai tentar mostrar força e poder através do uivo, e então vai uivar sem parar.
-indicar sua presença naquele território: vai mostrar claramente a todos que ali é território dele
-avisar que está de prontidão: principalmente em casos de não ter acesso a alguém da família que esteja doente. Ele vai uivar, na tentativa de comunicar a pessoa “ ei estou aqui fora, mas estou aqui prestando atenção em você”
- quando o dono se distancia do território, ele faz um aviso sonoro informando que ele está ali, cuidando de tudo.
-uivam quando sentem que a família está dispersa e então nada melhor do que um “toque de recolher” pra reunir todos.
-algumas fêmeas reúnem seus filhotes com uivo, e alguns filhotes uivam quando se distanciam da mãe, já nos primeiros dias de vida. É comum quando os filhotes uivam , algum cão adulto logo responder a ele como que dizendo “ fique calmo, estou aqui”
-cada cão tem um uivo distinto, como uma identidade sonora, não existindo dois sons iguais.
Quando paramos para analisar o contexto do uivo, identificamos o fator causal e assim podemos ajudar o cão. Fato é que não podemos tirar do cão, o direito de se expressar como tal. Temos que encontrar a melhor maneira de ajuda-lo na sua intenção.
Quando em canis, onde há um maior número de cães, é comum que em determinado momento da manhã ou da noite, seja feita uma “chamada”. Ouve-se então primeiro uivo, seguido de todos os outros sequentes formando uma “sinfonia”, como se cada um respondesse “presente”. Por isso se diz que o uivo é “contagiante” como o bocejo humano. É comum também vemos a fêmea, uivar longamente quando se separa do filhote, na tentativa de saber onde ele está e encontra-lo. O uivo coletivo pode ser ainda uma forma de sinalizar algum perigo iminente como catástrofes da natureza: terremotos por exemplo. Neste caso a sonoridade é muito aguda, intermitente e constante até que por toda a região seja percorrido o “alarme”.
Ah! Uma curiosidade referente aos lobos: como a claridade da luz da lua favorece a identificação da presa, os lobos preferem sair pra caçar na lua cheia. Uivando o líder convoca os outros lobos para a caçada.
Por isso nas lendas são feitas as associações entre os uivos dos lobos a lua cheia e as mortes das “presas”.
Promessa devidamente cumprida, o post sobre esses “Misteriosos, uivantes Akitas”.
Saudações akiteiras...
Soraya Guedes
Consultora e Pesquisadora Comportamentalista de Cães Akitas desde 1987
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013
Soraya Guedes
Consultora e Pesquisadora Comportamentalista de Cães Akitas desde 1987
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013
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