Energia do dono, reação Akita!
Muitas pessoas pediram
ajuda para compreender porquê seus cães são brincalhões demais;, tímidos;
desobedientes; medrosos, inseguros ou ainda extremamente agressivos...
Quando paramos para
refletir, percebemos que, em algum momento, os cães passaram a apresentar um
comportamento inadequado. Ficamos então nos perguntando quando foi? Como isso
começou?
A explicação é longa, mas
se faz necessária, se estiver interessado, bem vindo!
Imaginemos a seguinte cena:
O dono está na sala brincando com seu filhote de 90 dias. O dono espera a chegada de uma pessoa querida que não vê há muito tempo. Estão lá brincando cão e dono. Eis que a visita chega. O dono fica muito feliz e seu campo de energia expande- apresentando uma variação no padrão que é causada
pela emoção - no momento da chegada da visita.
É a forma como o filhote percebe essa “variação de energia” é que vai nos contar sobre o temperamento e comportamento dele.
O dono está na sala brincando com seu filhote de 90 dias. O dono espera a chegada de uma pessoa querida que não vê há muito tempo. Estão lá brincando cão e dono. Eis que a visita chega. O dono fica muito feliz e seu campo de energia expande- apresentando uma variação no padrão que é causada
pela emoção - no momento da chegada da visita.
É a forma como o filhote percebe essa “variação de energia” é que vai nos contar sobre o temperamento e comportamento dele.
Vejamos alguns
comportamentos possíveis:
a) De equilíbrio – o bebê de
Akita imediatamente percebe essa “expansão” de energia e fica atento ao
comportamento do dono. O dono abre a porta, a visita aparece e o dono, muito
feliz, abraça a visita. Quando a visita entrar e sentar, o filhote vai se
aproximar para cheirar a visita, identificando um padrão de energia para “amigo
do dono”. Vai começar a perceber o padrão de energia: expandiu, é amigo do
dono. Como ainda é bebê, pode ser que ele também queira abraçar a visita, dando
as “boas vindas”. Este é o comportamento ideal.
b) Dominante: o bebê
percebe essa “expansão” de energia e fica atento ao comportamento do dono. Mas
permanece em seu lugar enquanto o dono abre a porta, abraça a visita e a faz se
sentar-se. Talvez, ele se dirija em direção a visita, mas atento, calmamente e
sem abanar o rabo, pode ser que ele até cheire a visita. Raramente vai aceitar
de imediato um carinho da visita. Vai voltar pra onde estava, ou ainda se
sentar em um ponto estratégico entre a visita e seu dono ou literalmente no pé
do dono. Nesse caso o dono deve se empenhar para sociabilizar o filhote com a
visita. Um cão com este comportamento requer um dono com voz ativa
“imperativa”.
c) De insubordinação: nota
a variação no campo de energia do dono, mas ignora. Vai pular na visita, pular
no dono, vai subir em cima do sofá, da cabeça da visita e até do dono sem
obedecer quando receber o comando para parar. Requer PULSO FIRME e VOZ ATIVA
por parte do dono para que perceba a drástica variação do campo de energia ao
comando do NÃO.
d) De submissão: não nota a
variação no campo de energia do dono. Tende a ficar parado -deitado ou sentado
- esperando a visita se aproximar pra brincar com ele – não tem iniciativa
própria.
e) De insegurança: É um cão
que quando a visita chega fica indeciso. Não sabe se deixa ou não, a visita
chegar perto ou tocá-lo. Fica indo em vindo entre a visita e o dono. É
absolutamente necessária a intervenção do dono neste momento, de forma que dê
ao cão a segurança necessária para que ele reconheça o padrão de energia do
dono para o momento feliz. Para mostrar a ele que está tudo bem. Precisa ajudar
o filhote a perceber o padrão de energia para “amigo do dono” a fim de que ele
desenvolva o equilíbrio. Se não for ajudado, poderá se tornar um cão
perigosamente agressivo quando adulto. Precisa aprender a reconhecer claramente
variação no campo de energia do dono para “amigo do dono”. É um cão que precisa
ser ajudado pelo dono a reconhecer este padrão.
f) De medo: fica tão
mergulhado no desequilíbrio do seu próprio campo energético que sequer consegue
perceber o campo de energia do dono. Que dirá ter uma percepção da “variação”
desse campo. A visita chega e enquanto o dono vai abrir a porta ele já está
procurando um lugar pra se esconder. Seja embaixo da mesa, atrás de algum móvel
ou objeto. Se não for possível se esconder, vai colocar o rabo entre as pernas
e se esconder atrás do dono ou então ficar estático – como que em transe-. Este
cão precisa de ajuda do dono. Ele pode estar traumatizado. É um cão que depois
de adulto poderá se tornar agressivo e atacar sempre que sentir medo, como
forma de se defender.
g) De possessão: a visita
chega e ele não quer de maneira nenhuma que o dono a abrace. Pode rosnar latir,
tentar avançar na visita. Não acha a menor graça na visita. Não chega perto e
faz questão de mostrar para a visita que ela não é bem vinda. O dono precisa
intervir da forma correta, a fim de que o cão compreenda que esta atitude está
fora de questão. Precisa ter um pulso absolutamente firme. Uma voz ativa
definitiva.
É nesta fase que o filhote
sinaliza o quanto está conseguindo, ou não, estabilizar o equilíbrio. Se não
estiver conseguindo, precisa ser corrigido o mais rápido possível. O cão Akita
é dominante por característica, vai testar o dono desde bebê, e percebendo
lacunas na autoridade do dono, vai impor o seu próprio domínio. Então o cão
começa a “ditar suas regras”, colocando o dono em posição de submissão a ele.
Aí surge a pergunta: o que
fazer quando observarmos que o cão não está fazendo a leitura correta do campo
de energia do dono e tão pouco reagindo bem a ela?
O dono deve assumir a
posição de autoridade e dominância imediatamente. Se não souber como lidar com
o filhote, deverá aprender. É o dono quem deve ensinar o seu Akita. Todo bom
adestrador que tenha o mínimo conhecimento sobre raça sabe disto. Sabe que não
vai ensinar diretamente o cão, vai ensinar e orientar o dono. Vai acompanhar a
distância o progresso dos dois alunos: dono e cão. Quanto mais cedo começar,
melhor!
Quando somamos 50% de ação
assertiva do dono + 50% de temperamento do Akita, conquistamos a convivência
com um cão equilibrado!
É possível que o instinto
seja ativado, inclusive em cães adolescentes, desde que as correções no
comportamento sejam aplicadas da forma correta pelo dono, proporcionando ao cão
a oportunidade de retomar o equilíbrio.
Já com cães adultos, embora
muito mais difícil, o dono vai ter que desenvolver estratégias bem
estruturadas, investir tempo e dedicação redobrada para ajudar o cão a
encontrar o termo de equilíbrio.
Por isso antes de adquirir
um filhote, é preciso se fazer a seguinte pergunta: quanto de percepção e
quanto de voz ativa eu tenho pra lidar com um Akita? Eu sei, ele um ursinho tão
lindo, tão fofinho! Mas vai crescer e vai te testar!
Saudações akiteiras...
Soraya Guedes
Consultora e Pesquisadora Comportamentalista de Cães Akitas desde 1987
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013
Soraya Guedes
Consultora e Pesquisadora Comportamentalista de Cães Akitas desde 1987
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013
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