Akitas – Socialização?
Este parece um tema recorrente em diversos momentos seja em
grupos de discussão na internete ou até mesmo em parques e praças pela cidade.
Ocorre que a “socialização” que paira na mente dos humanos é
muito diferente da “socialização” que paira na mente dos cães. Temos que pensar
em alguns aspectos importantíssimos que vão compor o contexto desta
“socialização”.
Na fixação genética, a genética ancestral do temperamento passa
para os filhotes. Então os filhotes apresentam o temperamento da raça já quando
nascem.
Quando não há excelência na qualidade sangue do Akita, observarmos uma grande oscilação de temperamento seja para
agressivo ou muito dócil.
Embora as variáveis são muitas, no momento vou me ater apenas a
algumas considerações.
Conhecer muito bem a origem do cão, e o temperamento dos seus
ancestrais, ajuda muito na compreensão do cão como indivíduo.
Em primeiríssimo lugar, temos que pensar em como se sente o cão mediante essa “socialização” imposta, tirando dele o direito de ser um indivíduo com características próprias. Generalizar é tirar o cão este direito de ser único, de ser especial, de ser ele mesmo.
Em primeiríssimo lugar, temos que pensar em como se sente o cão mediante essa “socialização” imposta, tirando dele o direito de ser um indivíduo com características próprias. Generalizar é tirar o cão este direito de ser único, de ser especial, de ser ele mesmo.
Existem raças de fácil socialização, pois pela própria função
são cães que interagem bem com outros cães e humanos.
Entretanto existem cães que por função e perfil de temperamento,
não convivem bem com outros cães e pessoas, e este é o caso da raça Akita
quando em excelência de linhagem sanguínea. Forçar a socialização poderá ser
desastroso. Uma análise profunda da função e temperamento da raça, se faz
necessária para que os limites do cão sejam respeitados.
É preciso respeitar essência
de temperamento do Akita. Ocorre que muitas pessoas desconhecem totalmente que
o cão tenha um temperamento próprio e único em função da raça. Piorando a
situação já caótica, muitos que se dizem “criadores” desconhecem completamente
o temperamento original o Akita. Isto pra nem citar, os que sequer valorizam o
temperamento original – diferentemente dos
criadores sérios que buscam cada vez mais aprendizado.
O comportamento do cão é o resultado da soma do que ele traz
geneticamente no seu temperamento mais as experiências que ele vivencia.
Prestar atenção na emissão dos sinais emitidos pelo cão, percebendo o que deixa
o cão confortável -ou não- é o grande
segredo para caminhar na direção do conforto emocional para o cão.
Em uma mesma ninhada, temos os mesmos pais, e a mesma carga
genética, mas cada filhote reage de uma forma emocional as circunstâncias, pois
cada um é um indivíduo.
Sim, é preciso ressaltar a individualidade do cão, pois em geral
as pessoas não pensam no cão como um indivíduo.
As inúmeras variáveis na análise desta possível “socialização”
requerem do tutor/dono, uma compreensão ampla de tudo o que envolve cada Akita.
Em se tratando de Akitas, o tema se torna ainda muitíssimo mais complexo, o
texto daria um livro, acredite.
Só para exemplificar, embora este seja um tema a ser ainda
abordado em um outro texto, a castração tem grande impacto no comportamento da
raça, embora muitas pessoas desconheçam o fato e outras o ignorem.
Forçar Akitas a socializar com outros cães e com pessoas
estranhas e intrusas, em muito afeta o comportamento do Akita, uma vez que vai
contra o perfil de temperamento da raça, pode promover instabilidade no
comportamento depois da adolescência ou mesmo adulto.
O Akita com temperamento original, deve reconhecer
instintivamente: o dono, o amigo do dono, o estranho e o intruso sendo que só
ao intruso ele deverá atacar.
Hora, se um estranho toca um Akita, passa imediatamente de
estranho a intruso e então o Akita entende de pode atacar. Claro que falo aqui
de um Akita equilibrado, com temperamento instintivo ativo.
As questões de dominância e manejo com os Akitas é algo que embora
pareça simples precisam de cuidados específicos em atenção, amor e dedicação.
Em tempos em que até os bons criadores enfrentam dificuldades
para conseguirem a fixação do temperamento original da raça em suas linhagens,
os proprietários de cães que tem apenas informações generalizadas da raça ficam
totalmente perdidos em relação ao temperamento e comportamento dos seus cães.
Respeitar o cão, como indivíduo, sendo ele de qualquer raça, é
direito do cão. Sendo ele um cão da raça Akita, a responsabilidade do criador e
do tutor, vai muitíssimo além...
Sei que muitos indicam a socialização por puro desconhecimento,
e outros por terem aprendido errado, mas enquanto pesquisadora temperamento-comportamental
Akita, criadora há mais de 30 anos e terapeuta
emocional de humanos e pets, trago em mim aportada a responsabilidade em orientar
e alertar.
Saudações akiteiras...
Soraya* e Ulisses Guedes
Criadores e Juízes CBKC – FCI
30 anos de Criação e Estudo Aprofundado da Raça Akita
www.moradadosursos.com.br - Canil
www.codigoakita.com.br – Blog Temperamento-Comportamental Akita
Soraya* e Ulisses Guedes
Criadores e Juízes CBKC – FCI
30 anos de Criação e Estudo Aprofundado da Raça Akita
www.moradadosursos.com.br - Canil
www.codigoakita.com.br – Blog Temperamento-Comportamental Akita
* Consultora e Pesquisadora Comportamentalista de Cães Akitas
desde 1987
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013 - Terapeuta Emocional Akita
Juíza Especializada na Raça Akita – CBKC/FCI 1993 a 2013 - Terapeuta Emocional Akita
Obs.: compartilhe,
publique, replique mas não altere o texto- publique na íntegra- lembre-se dos
créditos.
#moradadosursos #codigoakita #akita #akitainu.
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